domingo, 7 de novembro de 2010

Tempestade que não vêm

Crédito da imagem: Pedro Ibanez

Faz tempo que não chove. Muito, muito tempo. Agora apenas existe silêncio, barulho do vento fraco ao longe. Falta vontade em se movimentar o ar e, há preguiça em deixar até que qualquer eco do mais breve sussurro se faça presente. Mesmice. Como aquela garoa chata que cai mas não molha. Há várias estações não se vêem tempestades se aproximando no horizonte. Tempestade bela, imponente, que ruge, cheia de raios e trovões, que se faz ouvir há muitas milhas a frente, que derruba qualquer tipo de muralha. Acompanhada de ventos fortes que sacodem tudo, que se impõe às quatro direções, energia pulsante que ilumina. Faltam as condições ideias para uma tempestade. Não se tem vento, a temperatura é sempre amena, não há cúmulos nimbos no horizonte. A garota olha para o céu e se pergunta: Porque? Porque secou-se tudo? Virou um deserto. Poeira que sufoca por vezes.

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