Crédito da imagem: Sabine Simon
"O maior segredo do amor não é por que amamos, mas por que deixamos de amar. (...) A descoberta é sutil como perder um prendedor de cabelo. Quase insignificante como um enjoo, um cansaço. A consciência surgiu por acaso, sua origem não é bem certa, de repente na hora de escovar os dentes ou ao regar as plantas ou ao atender o interfone. Não tem lógica. Saímos do centro de gravidade que nos tornava absolutamente dependente dos gestos e das atitudes do outro. Estamos livres para pensar sozinhos e, ao mesmo tempo, presos para sempre na incompreensão. (...) O que aumenta a penumbra é que incrivelmente nunca mais encontraremos nosso par, apesar de viver na mesma cidade, frequentar o mesmo bairro, dividir gostos semelhantes. Nenhum esbarrão no mercado ou no banco. Os amigos em comum apagam as pistas. Não dá para compreender se mudamos os hábitos ou os hábitos não nos pertenciam mesmo e queríamos agradar pensando que eram nossos.(...) Não existe justiça depois da separação.
Fabricio Carpinejar
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
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Um comentário:
Ju, amiga, [vou te chamar de amiga pq apesar de um contato de instantes já te considero assim],
Seus posts são lindos, estou adorando.
Super bjo.
Andreza
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